Fui um livro… Não sei porque escrevi “fui”, se continuo a ser um livro… Com a capa estragada, é certo; algumas folhas estão rasgadas e amareladas. Estou aqui, abandonado neste sótão… não me lembro por quem… Lembro-me do Sol, dos cheiros e do toque da pele. Lembro-me sobretudo dos suspiros apaixonados, pois sou um romance de cordel, de amores escondidos, traídos, sufocados. Um retrato de uma época que já não existe; hoje, não faz qualquer sentido. É simplesmente um fantasma que eu não sou. Ainda existo; ainda tenho voz e hoje… Hoje alguém me encontrou. Alguém com a pele muito branca, uns olhos verdes muito vivos e cabelo comprido de uma cor que não consigo identificar. Uma rapariga que gritou: “ Uuau! Tantos livros! De quem são?” mas não ouvi qualquer resposta. Ela abriu a janela e o Sol, por quem me apaixonei um dia, voltou a seduzir-me. A rapariga olhou em volta, maravilhada com as caixas de cartão e o mobiliário antigo. Texto (incompleto) escrito em 2010 por MV@MartaVinha...
Comentários
Cumprimentos
Nem sei o que é o que é pior, mas o cinismo é abominável. Cruel, muitas vezes.
Melhor é calar e fugir mesmo.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno
😘🕊️💙💐
É para fugir a sete pés!
Muito expressivo e belo poema!
Beijos, Marta.
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Boa semana!
O JOVEM JORNALISTA está está em HIATUS DE INVERNO de 03/08/22 à 01/09/22, mas você sempre é bem vindo (a) para visitar e comentar os posts! Tem post novo! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
É muito peso para o amor aguentar.
Abraço e brisas doces **