LUCIDEZ
Não sei, amor,
o que queria escrever.
Queria ser ousada,
escandalizar-te até.
Mas eis que sinto o maldito rubor,
nada cativante,
a amanhecer em mim.
Fico parada,
como que abraçada
ao meu próprio corpo,
que sinto gelado.
2º
As tuas mãos em mim...
Fascinam-me.
Gemo quando as revejo nas minhas
Vibro quando me perseguem
na minha nudez mais secreta.
Não sei se perdi a lucidez, amor
Desenvegonho-me em ti
No oculto prazer de amar
Poema escrito em Novembro 2009
por MV@MartaVinhais@
e publicado hoje novamente
Foto de autoria de Trini Schulz
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