SAUDADE
Desaparecido
Sempre que leio nos jornais:
«De casa de seus pais desapar’ceu...»
Embora sejam outros os sinais,
Suponho sempre que sou eu.
Eu, verdadeiramente jovem,
Que por caminhos meus e naturais,
Do meu veleiro, que ora os outros movem,
Pudesse ser o próprio arrais.
Eu, que tentasse errado norte;
Vencido, embora, por contrário vento,
Mas desprezasse, consciente e forte,
O porto do arrependimento.
Eu, que pudesse, enfim, ser eu!
- Livre o instinto, em vez de coagido.
«De casa de seus pais desapar’ceu...»
Eu, o feliz desaparecido!
Carlos Queirós
O meu comentário???
Por vezes, temos essa vontade....
Desaparecer...
Recomeçar noutro lugar....
Noutro mundo.....
Partilhar outras ideias, outras verdades....
Não muda o Vento....
As histórias ficam sempre gravadas na memória...
E há sempre a Saudade...
Nunca desaparece................
Comentários
Bom fim de semana
Bjs Zita
Boa escolha do Carlos Queirós.
Quanto ao teu comentário na linha (belissima) dos anteriores.
Beijinhos
Errar, corrigir... mas sentir o gosto da liberdade...
Mas tantas são as prisões... :-(
Tanto é o que nos condiciona...
Beijinho *
:-)
Quantas vezes batalho com o facto de não querer ser eu própria? Quantas vezes sonhei ser outra que não eu?
Mas a vida não é assim e temos de nos fazer valer por aquilo que somos. Seja isso muito ou pouco, não é Martinha?
Obrigada pelo chá e pela conversa
Beijinho Tribal