SUAVE

Crespúsculo
É quando um espelho, no quarto,
se enfastia;
Quando a noite se destaca
da cortina;
Quando a carne tem o travo
da saliva,
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
Quando a força de vontade
ressuscita;
Quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
E quando às sete da tarde
morre o dia -
que dentro de nossas almas
se ilumina,
com luz lívida, a palavra
despedida.
David Mourão Ferreira
O meu comentário???
Despedida...porquê???
Menos um dia na vida...
Talvez...mas talvez tenha sido rico...
Naquilo que a nossa alma saboreia...
A beleza, a riqueza contida nesse equilibrio....
A vida em si...
A noite....
A cortina com quem a brisa brinca....
Quebra a monotonia....
Torna a despedida mais suave....

Comentários

Eu diria que tem que haver sempre algo que nos move... que uma coisa gera outra... como que uma motivação para as coisas acontecerem.

Beijinho *
Marte. Porque passaste a fazer parte dos meus habitos de leitura já não passo um dia sem te visitar. E consegues sempre receber-me bem. Tens um bom gosto divino. Escolhes autores e poemas com muito cuidado e eu agradeço-te a preocupação.
Mais uma vez uma escolha (David Mourão Ferreira) e um poema espectacular.
Parabens
Beijinhos
E eu a dar-te com o Marte... (é a idade...)
Desculpa MARTA!
Xinha disse…
Sensivelmente bem feito.. este seu comentário !
Um dia que termina... mas, sendo sguido por outro que começa... cada novo dia, aqui aparece como sendo um recomeço ... :)

Xi-coração
FM disse…
Por muito que possam parecer suaves as despedias, com o tempo verificámos que a suavidade não é tão suave.
Beijos.
tufa tau disse…
de david mourão ferreira
sempre
palavras de sonho
gostei "demais"
beijo

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