DECLARAR
Para ti
Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que falhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que falhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só olhar
amando de uma só vida
Mia Couto
O meu comentário???
E sinto saudades dessas palavras...
A medo não digo....
Divulgo-as na minha pele...
Deixo que se declarem...
Todas as vezes que me tocas....
Comentários
http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
voltarei para ler com outros olhos e comentar com as mesmas mãos.
um beijo
Mas também foi para outros, não foi ?
Estou-te muito grata na mesma !
Beijijnhos verdinhos
Porque sentimos que dar é o sentido de tudo.
E tomamos de assalto tudo o que em nós existe; mais o que está fora de nós.
E damos... E damo-nos...
Beijinho *
:-)
Votos de boa semana... Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha