Soneto do amor difícil
A praia abandonada recomeça
logo que o mar se vai, a desejá-lo:
é como o nosso amor, somente embalo
enquanto não é mais que uma promessa...
Mas se na praia a onda se espedaça,
há logo nostalgia duma flor
que ali devia estar para compor
a vaga em seu rumor de fim de raça.
Bruscos e doloridos, refulgimos
no silêncio de morte que nos tolhe,
como entre o mar e a praia um longo molhe
de súbito surgido à flor dos limos.
E deste amor difícil só nasceu
desencanto na curva do teu céu.
David Mourão-Ferreira
O meu comentário????
Porque, às vezes, o amor perde o encanto...
Porque não era amor verdadeiro....
E nada escreveu na onda...
Que regressa sempre à praia...
Com outra força,
com outra dimensão...
Mesmo que se desfaça contra o penhasco...
Comentários
O mar, as flores, etc...e David
Mourão Ferreira.
Beijijnhos
E VAMOS NOS ENCONTRANDO LÁ PELO fACE.
Amar de verdade? O buraco é + embaixo...rss
É isso aí.
Bjs
(Antoine de Saint-Exupery)
.................:-)
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Doce beijo