QUE SEJA TUDO

Esquecerás, meu amor, a minha face,
meu cavalo de fogo, meu navio,
e arderás no lume que perpasse
na angústia sepultada em cada rio?
Ver-te-ei, louca e pura, dizer: Dá-se
um cavalo de fogo e um navio
a quem me recordar a sua face
- mas não mais me acharás no longo rio?
Estrada sem memória no areal,
frase uma vez só dita, ou bem ou mal,
em mim a porta, amor, em ti a chave.
Toma-a...E abre ou fecha essa porta ardente
de vez...Quero saber se esta semente
ainda será vento, flor ou ave.
Poema de Papiniano Carlos
O meu comentário???
Que seja tudo....
A ave que voe com o Vento...
Que beije a flor...
Com amor....
Porque o amor é realmente louco....
Vive de sonhos leves....
é essa ave que foge connosco...
Leva o nosso riso ao Vento
e à flor orgulhosa....
Que renasce pura e verdadeira....
Seja no areal, à sombra da árvore...
Ou num jardim...
à beira de um lago...
Para que haja sempre
sonhos e loucuras...

Comentários

BlueShell disse…
O meu comentário seria um pouco como o teu...(que a ave voe livre...)
O amor é assim....mas só sabe disso quem realmente ama.
Com um beijo

BShell
Daniel Costa disse…
Marta

Achei o poema bastante bom. O teu coméntário também saí óptimo, o que me diz estar a tua sensibilidade poética estar em forma.
Beijos
Daniel
Ernesto disse…
Quanto lirismo no seu poema

É um agrado passear pelo seu blog

Beijinho
Graça Pires disse…
Um cavalo de fogo e um navio...
"Para que haja sempre
sonhos e loucuras..."
Gostei muito. Um beijo.

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