Boa noite Marta, Estou voltando aos poucos e as férias foram boas. Agradeço muito a sua atenção. Sobre o seu poema, magnifico! A angústia um mal terrível que nos devora! Um beijinho. Ailime
O poeta é uma angustiado... Por isso, nunca está sozinha... Um belo poema, gostei imenso. Marta, tenha um bom fim de semana (está perto...). Abraço poético.
Encontro-te... sentado na sala, com as luzes baixas... Assustas-me... Tu, com a tua lendária e inesgotável energia... Os teus desportos radicais... que nunca entendi... Como baixo está o som... A música escolhida... O meu tango favorito, à "Média Luz", que sempre desdenhaste e cuja letra, tantas vezes... torturaste... Procuro o champagne e o ramo de rosas habituais... O gesto simpático de um bom amigo para com a anfitriã do jantar... Em vão... E quando te interrogo com o olhar... o teu continua inexpressivo e levantas-te silenciosamente da cadeira... Caminhas para mim, desenhando na perfeição os passos clássicos do tango... Arrebatando-me... conduzindo-me fatalmente pela sala... Numa reconquista, numa renovação, numa afirmação... Poema escrito em 2007 por MV@MartaVinhais@ e publicado hoje novamente em resposta à proposta "Tertúlia de Amor" do blog " Amor Azul" Em homenagem também à minha Mãe que cantava muitas vezes a sua versão deste tango.
Hoje… despeço-me do Branco e do Negro… E abraço-me às cores Pastel… Ao verde água e ao azul bebé… Sem explicar porquê… Poema escrito em Setembro 2025 por MV@MartaVinhais@ Foto de autoria de Zorz Studios
Fui um livro… Não sei porque escrevi “fui”, se continuo a ser um livro… Com a capa estragada, é certo; algumas folhas estão rasgadas e amareladas. Estou aqui, abandonado neste sótão… não me lembro por quem… Lembro-me do Sol, dos cheiros e do toque da pele. Lembro-me sobretudo dos suspiros apaixonados, pois sou um romance de cordel, de amores escondidos, traídos, sufocados. Um retrato de uma época que já não existe; hoje, não faz qualquer sentido. É simplesmente um fantasma que eu não sou. Ainda existo; ainda tenho voz e hoje… Hoje alguém me encontrou. Alguém com a pele muito branca, uns olhos verdes muito vivos e cabelo comprido de uma cor que não consigo identificar. Uma rapariga que gritou: “ Uuau! Tantos livros! De quem são?” mas não ouvi qualquer resposta. Ela abriu a janela e o Sol, por quem me apaixonei um dia, voltou a seduzir-me. A rapariga olhou em volta, maravilhada com as caixas de cartão e o mobiliário antigo. Texto (incompleto) escrito em 2010 por MV@MartaVinha...
Comentários
que o mar fala por gestos
Bjs
Estou voltando aos poucos e as férias foram boas.
Agradeço muito a sua atenção.
Sobre o seu poema, magnifico!
A angústia um mal terrível que nos devora!
Um beijinho.
Ailime
Um beijo, Marta.
Um belo poema, gostei imenso.
Marta, tenha um bom fim de semana (está perto...).
Abraço poético.
Poeta em desassossego mas com sede de rumar trilhos, a angústia logo passará.
um beijo
:)
moldam o barro também
que medo te manieta
o afago que sabes tão bem?