Fui um livro… Não sei porque escrevi “fui”, se continuo a ser um livro… Com a capa estragada, é certo; algumas folhas estão rasgadas e amareladas. Estou aqui, abandonado neste sótão… não me lembro por quem… Lembro-me do Sol, dos cheiros e do toque da pele. Lembro-me sobretudo dos suspiros apaixonados, pois sou um romance de cordel, de amores escondidos, traídos, sufocados. Um retrato de uma época que já não existe; hoje, não faz qualquer sentido. É simplesmente um fantasma que eu não sou. Ainda existo; ainda tenho voz e hoje… Hoje alguém me encontrou. Alguém com a pele muito branca, uns olhos verdes muito vivos e cabelo comprido de uma cor que não consigo identificar. Uma rapariga que gritou: “ Uuau! Tantos livros! De quem são?” mas não ouvi qualquer resposta. Ela abriu a janela e o Sol, por quem me apaixonei um dia, voltou a seduzir-me. A rapariga olhou em volta, maravilhada com as caixas de cartão e o mobiliário antigo. Texto (incompleto) escrito em 2010 por MV@MartaVinha...
Comentários
Apesar das sombras há sempre um raio luminoso a brilhar!
Desejo-lhe um Ano Novo com muita saúde, paz e amor.
Com um beijinho,
Ailime
FELIZ ANO NOVO!
Você sabe oque eu penso? Que dúvidas e sombras geram pensamentos e, portanto, palavras. Não desista.
Por um ano com esperança e vigilância. Um abraço, Marta.
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Feliz Ano de 2021
Saudações poéticas
Bom fim de semana!
Beijinhos!
Estarmos presas às coisas que nos pesam é terrível.
Uma imagem dugestiva demais ao poema.
Tenha dias abençoados e felizes!
Bjm carinhoso e fraterno
Grande abraço no coração, saúde e uma boa vida pra gente, nós merecemos!
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Que as luzes de esperança se renovem
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Bem vindo 2021_____Beijos, e bom fim de semana!
Beijinho
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