A ÚNICA COISA

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...
Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha espera...
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E só tivesse o céu por cima e a água por baixo...
Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que me batesse e me estimasse...
Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena..

"Quem me dera que eu fosse o pó da estrada" de Alberto Caeiro

O meu comentário????
O sabor amargo da derrota...
O desalento e a tristeza tão latentes...
Nas lágrimas que sinto
em cada uma das palavras...
Porque também olhei para trás
e tive pena....
Não é para trás que devemos olhar;
é caminhar em frente...
Disfarçar a dor num sorriso,
que hoje não está no olhar,
mas amanhã quem sabe???
São pequenos passos,
pequenas vitórias,
 mas acontecem....
E valem a pena,
porque nos ensinam
que a única coisa de que devemos ter pena
é termos perdido tempo....
A ter pena de nós próprios....




Comentários

Parabéns pelo blog e pelos textos... Tenho um blog chamado Folhetim Cultural gostaria que visita-se este é o endereço: informativofolhetimcultural.blogspot.com
Vamos trocar conhecimentos...
Ass: Magno Oliveira
Folhetim Cultural
Daniel Costa disse…
Marta

Achei tu bem, apetece-me dezer: "tudo vale a pena, quando a alma não é pequena". Creio que te posso adaptar o pensamento.
Desejos de Bom Natal, beijos
Olá Marta, espectacular.....

As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.

(Victor Hugo)

Votos de Boas Festas

Cumprimentos
Graça Pires disse…
Ter pena do que se não foi... Mas como dizes não é para trás que devemos olhar, mas sim caminhar para a frente.
Um beijo e Feliz Natal um Ano novo MELHOR.

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