DIGNIDADE

8ªSOMBRA

Quem és tu, quem és tu, vulto gracioso,
Que te elevas da noite na orvalhada?
Tens a face nas sombras mergulhada...
Sobre as névoas te libras vaporoso ...

Baixas do céu num vôo harmonioso!...
Quem és tu, bela e branca desposada?
Da laranjeira em flor a flor nevada
Cerca-te a fronte, ó ser misterioso! ...

Onde nos vimos nós? És doutra esfera ?
És o ser que eu busquei do sul ao norte. . .
Por quem meu peito em sonhos desespera?

Quem és tu? Quem és tu? - És minha sorte!
És talvez o ideal que est'alma espera!
És a glória talvez! Talvez a morte!

(Castro Alves - 1847 - 1871)

O meu comentário???
Ou simplesmente o amor....
O desejo ou a paixão....
O que sempre rejeitei....
Por medo???
Por egoísmo????
Tanta coisa pode ter sido....
Tanta coisa eu podia ter sido....
Talvez devesse ter olhado para o lado,
mais vezes....
Escutado quem precisava que o ouvisse....
O que devo fazer agora???
Se não é a sorte nem a glória....
Aceitar a morte com dignidade???

Comentários

Álvaro Lins disse…
Olá Marta - Não sei o que diga; ou antes, sei! Os teus comentários são excepcionais!
Abraço
Evanir disse…
Linda postagem o poema é inegavelmente lindo .
Ficarei feliz em ter você no meu blo também .Uma linda semana beijos ternos e carinhosos,Evanir.
www.aviagem1.blogspot.com
Paixão Lima disse…
A trilogia da vida: nascer, viver e morrer. Um processo antidemocrático porque ninguém pediu para nascer. Poderá haver glória e dignidade no que fomos, mas no acto final do que fomos, não encontro nem uma nem outra.

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