Fui um livro… Não sei porque escrevi “fui”, se continuo a ser um livro… Com a capa estragada, é certo; algumas folhas estão rasgadas e amareladas. Estou aqui, abandonado neste sótão… não me lembro por quem… Lembro-me do Sol, dos cheiros e do toque da pele. Lembro-me sobretudo dos suspiros apaixonados, pois sou um romance de cordel, de amores escondidos, traídos, sufocados. Um retrato de uma época que já não existe; hoje, não faz qualquer sentido. É simplesmente um fantasma que eu não sou. Ainda existo; ainda tenho voz e hoje… Hoje alguém me encontrou. Alguém com a pele muito branca, uns olhos verdes muito vivos e cabelo comprido de uma cor que não consigo identificar. Uma rapariga que gritou: “ Uuau! Tantos livros! De quem são?” mas não ouvi qualquer resposta. Ela abriu a janela e o Sol, por quem me apaixonei um dia, voltou a seduzir-me. A rapariga olhou em volta, maravilhada com as caixas de cartão e o mobiliário antigo. Texto (incompleto) escrito em 2010 por MV@MartaVinha...
Comentários
Beijinho e boa semana
Lindo!
Tambem beijo a areia diariamente... O mar me fascina.
Tenha dias felizes!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Hoje:-Numa saudade que supera as maiores ousadias. [ Poetizando e Encantando]
Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira
e o beijo.
abraço
Talvez um dos teus poemas que mais me tocou, Lindo
Hoje trago link de minha participação no desafio.
https://mineirinho-passaredo.blogspot.com/2019/09/infinitude-da-noite.html
Grato pela inspiração.
O beijo interno, o sentir a brisa.
Bela inspiração.
Bjs amiga.
Belo!
Beijos-
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