Fui um livro… Não sei porque escrevi “fui”, se continuo a ser um livro… Com a capa estragada, é certo; algumas folhas estão rasgadas e amareladas. Estou aqui, abandonado neste sótão… não me lembro por quem… Lembro-me do Sol, dos cheiros e do toque da pele. Lembro-me sobretudo dos suspiros apaixonados, pois sou um romance de cordel, de amores escondidos, traídos, sufocados. Um retrato de uma época que já não existe; hoje, não faz qualquer sentido. É simplesmente um fantasma que eu não sou. Ainda existo; ainda tenho voz e hoje… Hoje alguém me encontrou. Alguém com a pele muito branca, uns olhos verdes muito vivos e cabelo comprido de uma cor que não consigo identificar. Uma rapariga que gritou: “ Uuau! Tantos livros! De quem são?” mas não ouvi qualquer resposta. Ela abriu a janela e o Sol, por quem me apaixonei um dia, voltou a seduzir-me. A rapariga olhou em volta, maravilhada com as caixas de cartão e o mobiliário antigo. Texto (incompleto) escrito em 2010 por MV@MartaVinha...
Comentários
Si me has echado de menos, te aseguro que no he podido contactar con ninguno de mis blogs amigos como consecuencias de ciertos problemas personales y también relacionados con el funcionamiento de mi pc.
.
O silêncio da água a cair... Reedição.
.
Beijo
Bom fim de semana
.
Feliz fim de semana … (14 anos)
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Cada dia tdo ou nada pode acontecer...
Cada dia uma nova oportunidade
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
É a vida...
Belo poema, gostei de ler.
Boa semana, amiga Marta.
Um beijo.