AO LONGE
Ninguém consegue escrever o poema captar a batida o ritmo a música inicial cantar de dentro do epicentro da palvra só lava não mais que rio ardente um fluxo de sangue um batimento. Ou vento, Apenas vento no grande deserto de linguagem. Miragem de miragem: breve fria aragem do fundo. Matemática do mundo ainda só oiro e ferro e prata. Ou pura magma. Talvez a enigmática equação de Deus. Libélula inconcreta na cauda de um cometa unicélula na página do planeta ainda só brancura de salgema. E ninguém sabe quem nem de onde nem porquê nem quando esse poema "Primeira voz", poema de Manuel Alegre O meu comentário??? Esse poema está escrito... Na voz de alguém que domina as palavras.. Que as ama, que as conquista completamente.. Na arte, no desejo, na paixão de se fazer ouvir.. No Cosmo desconhecido.... A descobrir esses planetas, esses labirintos.... Esse amor infinito.... Que se embrulha no Vento e o segue.... E se faz ouvir... Mesmo ao longe...