HORIZONTE

Escrevo...
O teu nome de sombra num leito de chocolate
no envolvente degrau da espaçada memória.
Escrevo..
Omitindo a ténue licença do sol
despontando pela linha das flores,
na caixa em eterna viagem.
E, da vida,
teço outonais ramas de palavras
de infinitude suspensa.
Escrevo..
A inefável nudez da hora.
"Escrevo" de Fátima Fernandes
(Amita - blog Branco e Preto) -
publicado na II Antologia de Poetas Lusófonos
O meu comentário???
Há dias em que não é fácil escrever...
Porque as horas estão nuas,
vazias...
As palavras estão algures,
perdidas,
suspensas...
E, eu não quero perder
o Sol de vista...
Ainda me consola...
Ainda me escreve na pele
mensagens de amor...
Gostava que fossem as tuas....
Mas....
esse eterno "mas"
que se entranha em nós......
Está lá nessa
linha infinita
do horizonte...

Comentários

que belo post.
que bom teu blog.
Maurizio
Sofá Amarelo disse…
As horas são nuas quando não se encontram as palavras suspensas em ténues licenças do Sol, ou nos degraus da memória...
Graça Pires disse…
Escrever na pele com o sol e com a sombra... Muito bom. Beijos.
Daniel Costa disse…
Marta

Um poema que gostei, achei belo. Como achei o teu comentário acertado; "há dias que não é fácil escrever"! É a verdade para qualquer um penso.
Beijos
Daniel

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