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A mostrar mensagens de outubro 18, 2009

ESCRITA NO OLHAR

Poema E que o mar se levante em pranto... E que o sol fique pálido e branco... Que o vento estremeça de espanto Vou querer-te em meus braços enquanto Os teus braços me sirvam de manto... de Piedade Barbedo (Livro "II Antologia de Poetas Lusófonos) O meu comentário??? Os meus braços... parecem-me vazios, às vezes.. Escondo as lágrimas nos cantos... Com a tua ausência escrita no olhar... Não tenho medo do mar... Sinto-me em paz quando o vejo.... Se juntar o meu pranto ao dele.... Se quem me abraça é o vento... Sinto um estranho conforto e olho em frente...

AMAR E MAR

Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo: Teadoro, Teodora. Neologismo de Manuel Bandeira O meu comentário??? Não posso inventar um verbo com o meu nome... Ou talvez possa, se trocar as letras... Traduzir o meu nome no verbo " Amar"... Simplesmente "Mar" ou " rara"... Porque falar, eu falo pouco... Beijar.... beijo-te muito..... Com ternura. Com amor.

ESCUTAR

Eu não voltarei. E a noite morna, serena, calada, adormecerá tudo, sob sua lua solitária. Meu corpo estará ausente, e pela janela alta entrará a brisa fresca a perguntar pela minha alma... Ignoro se alguém me aguarda de ausência tão prolongada, ou beija a minha lembrança entre carícias e lágrimas. Mas haverá estrelas, flores e suspiros e esperanças, e amor nas alamedas, sob a sombra das ramagens. E tocará esse piano, como nesta noite plácida, não havendo quem o escute, a pensar, nesta varanda... Juan Ramón Jiménez O meu comentário??? Escuta-o o poeta... E os versos tranquilos... Sobre a solidão da alma... Algures no infinito.. Porque a brisa é fresca, é vaidosa. Procurará sempre outros beijos, outras esperanças, outros amores... Porque a vida assim lho dita....