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A mostrar mensagens de dezembro 19, 2010

MOMENTOS MEMORÁVEIS

Foi bonito O meu sonho de amor Floriram em redor Todos os campos em pousio. Um sol de Abril brilhou em pleno estio, Lavado e promissor. Só que não houve frutos Dessa Primavera. A vida disse que era Tarde demais. E que as paixões tardias São ironias Dos deuses desleais "Frustração" de Miguel Torga, Diário XV O meu comentário??? Não há paixões tardias.... Há apenas paixões... E momentos para viverem em nós.... Às vezes, espera-se demais e elas fogem.... Outras, encostam-se devagar.... E descobrimos um labirinto de emoções desconhecidas... Que percorrem os corredores da vida, afastando essas ironias e essas deslealdades... Por momentos memoráveis......

PRINCIPE ESFARRAPADO

Percorro o dia, que esmorece Nas ruas cheias de rumor; Minha alma vã desaparece Na minha pressa e pouco amor. Hoje é Natal. Comprei um anjo, Dos que anunciam no jornal; Mas houve um etéreo desarranjo E o efeito em casa saiu mal. Valeu-me um princípe esfarrapado A quem dão coroas no meio disto, Um moço doente, desanimado... Só esse pobre me pareceu Cristo. "Natal Chique" de Vitorino Nemésio O meu comentário??? Não tenho pressa... O tempo que tenho dedico-o ao meu princípe esfarrapado... Perdido em memórias que não são bem memórias... O tempo não é nada; o mundo...o que é o mundo? Não sei responder, porque não há palavras.... Há, sim, amor e dedicação.... Todos os dias do ano, sem excepção.... O meu princípe esfarrapado é o meu Pai.... 88 anos, doente de Alzheimer. .... O "Com Amor" deseja-vos um Feliz Natal e um Bom Ano 2011....

A ÚNICA COISA

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada E que os pés dos pobres me estivessem pisando... Quem me dera que eu fosse os rios que correm E que as lavadeiras estivessem à minha espera... Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio E só tivesse o céu por cima e a água por baixo... Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro E que me batesse e me estimasse... Antes isso que ser o que atravessa a vida Olhando para trás de si e tendo pena.. "Quem me dera que eu fosse o pó da estrada" de Alberto Caeiro O meu comentário???? O sabor amargo da derrota... O desalento e a tristeza tão latentes... Nas lágrimas que sinto em cada uma das palavras... Porque também olhei para trás e tive pena.... Não é para trás que devemos olhar; é caminhar em frente... Disfarçar a dor num sorriso, que hoje não está no olhar, mas amanhã quem sabe??? São pequenos passos, pequenas vitórias,  mas acontecem.... E valem a pena, porque nos ensinam que a única coisa de que devemos ter pena é termos perd