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A mostrar mensagens de agosto 3, 2008

COM A VIDA

Rosa branca ao peito Teu corpinho adolescente cheira a princípio do mundo. Ainda está por soprar a brisa que há-de agitar a tua seara. Ainda está por romper a seara que há-de rasgar o teu solo fecundo. Ainda está por arrotear o solo que há-de sorver a água clara. Ainda está por ascender a nuvem que há-de chover a tua chuva. Ainda está por arder o sol que há-de evaporar a água da tua nuvem. Mas tudo te espera desde o princípio do mundo: a doce brisa, a verde seara, o solo fecundo. Tudo te espera desde o princípio de tudo: a água clara, a fofa nuvem, o sol agudo. Tu sabes, tu sabes tudo. Tu és como a doce brisa, a verde seara e o solo fecundo que sabem tudo desde o princípio do mundo. Tu és como a água clara, a fofa nuvem e o sol agudo que desde o princípio do mundo sabem tudo. O teu cabelo sabe que há-de crescer e que há-de ser louro. As tuas lágrimas sabem que hão-de correr nas horas de choro Os teus peitos sabem que hão-de estremecer no dia do riso. O teu rosto sabe que há-de enrubesc

ABERTURA COMPLETA

Poema do Homem Só Sós, irremediavelmente sós, como um astro perdido que arrefece. Todos passam por nós e ninguém nos conhece. Os que passam e os que ficam. Todos se desconhecem. Os astros nada explicam: Arrefecem Nesta envolvente solidão compacta, quer se grite ou não se grite, nenhum dar-se de outro se refracta, nehum ser nós se transmite. Quem sente o meu sentimento sou eu só, e mais ninguém. Quem sofre o meu sofrimento sou eu só, e mais ninguém. Quem estremece este meu estremecimento sou eu só, e mais ninguém. Dão-se os lábios, dão-se os braços dão-se os olhos, dão-se os dedos, bocetas de mil segredos dão-se em pasmados compassos; dão-se as noites, e dão-se os dias, dão-se aflitivas esmolas, abrem-se e dão-se as corolas breves das carnes macias; dão-se os nervos, dá-se a vida, dá-se o sangue gota a gota, como uma braçada rota dá-se tudo e nada fica. Mas este íntimo secreto que no silêncio concreto, este oferecer-se de dentro num esgotamento completo, este ser-se sem disfarçe, virgem

TEMPO PREENCHIDO

Tempo de Poesia Todo o tempo é de poesia Desde a névoa da manhã à névoa do outo dia. Desde a quentura do ventre à frigidez da agonia Todo o tempo é de poesia Entre bombas que deflagram. Corolas que se desdobram. Corpos que em sangue soçobram. Vidas que a amar se consagram. Sob a cúpula sombria das mãos que pedem vingança. Sob o arco da aliança da celeste alegoria. Todo o tempo é de poesia. Desde a arrumação ao caos à confusão da harmonia. António Gedeão O meu comentário??? Amargura, dor, ciúme e traição.... ...........abertamente em palavras gritadas... Ou revolta...camouflada em frases simples.... Um poema de amor...com frases de dor... Um poema de revolta...com esperança descrita....... Um poema simples sobre o mar... A guerra das estrelas....o poder dos Deuses............ Tempo rico, preenchido.... Abre o silêncio... Guarda o riso..................