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A mostrar mensagens de outubro 23, 2005

CHUVA

Eugénio de Andrade Casa na Chuva A chuva, outra vez a chuva Sobre as oliveiras Não sei porque voltou esta tarde Se a minha mãe já se foi embora, Já não vem à varanda para a ver cair, Já não levanta os olhos da costura Para perguntar: Ouves? Oiço, mãe, é outra vez a chuva, A chuva sobre o teu rosto Às vezes, também me sinto impotente quando vejo a minha Mãe, perfeitamente mergulhada na sua velhice, sem vontade até para falar!

MAIS SORRISOS

E, porque falamos em sorrisos, porque não sorrir com este poema maravilhoso de Eugénio de Andrade: Sorriso Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita luz lá dentro, apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso. Correr, navegar, morrer naquele sorriso Nada como um sorriso franco, generoso, caloroso para abrirmos à nossa vida e mente ao mundo!!!!