Fui um livro… Não sei porque escrevi “fui”, se continuo a ser um livro… Com a capa estragada, é certo; algumas folhas estão rasgadas e amareladas. Estou aqui, abandonado neste sótão… não me lembro por quem… Lembro-me do Sol, dos cheiros e do toque da pele. Lembro-me sobretudo dos suspiros apaixonados, pois sou um romance de cordel, de amores escondidos, traídos, sufocados. Um retrato de uma época que já não existe; hoje, não faz qualquer sentido. É simplesmente um fantasma que eu não sou. Ainda existo; ainda tenho voz e hoje… Hoje alguém me encontrou. Alguém com a pele muito branca, uns olhos verdes muito vivos e cabelo comprido de uma cor que não consigo identificar. Uma rapariga que gritou: “ Uuau! Tantos livros! De quem são?” mas não ouvi qualquer resposta. Ela abriu a janela e o Sol, por quem me apaixonei um dia, voltou a seduzir-me. A rapariga olhou em volta, maravilhada com as caixas de cartão e o mobiliário antigo. Texto (incompleto) escrito em 2010 por MV@MartaVinha...
Comentários
da noite é tão denso
tão negro de ausência
que eu próprio me ausento
não estou nem dou
por mim
Não será isto, Marta?
Beijo.
-
Feliz início de semana
Proteja-se.
-
Sentem-se famintos, pelo tempo que se alegra
Beijo, e uma excelente semana.
Belo poema, gostei muito.
Marta, uma boa semana.
Beijo.
No meio de tudo isso que vivemos, há dias e noites dilacerantes, mas se vão.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Arthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
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por vezes acontece
a solidão massacra
e
e tudo fica nublado
:)
Beijinho, Marte.
Bonitos versos.
Bom dia e Feliz Idade Marta, tudo de melhor para seus dias.
Bjss