LUCIDEZ

 

Não sei, amor,

o que queria escrever.

Queria ser ousada,

escandalizar-te até.

Mas eis que sinto o maldito rubor,

nada cativante,

a amanhecer em mim.

Fico parada,

como que abraçada

ao meu próprio corpo,

que sinto gelado.




As tuas mãos em mim...

Fascinam-me.

Gemo quando as revejo nas minhas

Vibro quando me perseguem

na minha nudez mais secreta.

Não sei se perdi a lucidez, amor

Desenvegonho-me em ti

No oculto prazer de amar


Poema escrito em Novembro 2009

por MV@MartaVinhais@

e publicado hoje novamente



Foto de autoria de Trini Schulz

Comentários

Muito bom. Gostei bastante!!
.
"Entre linhas...".
Beijo/abraço. Boas férias. Bom Domingo.
O desejo também é poesia.
Um abraço.
María disse…
No hay que sentir verguenza por desear, porque el amor debe ser atrevido y descarado. El amor eleva y hace vibrar, nada puede ser vergonzoso querer amar.

Muy bonitos versos, un placer leerte, Marta.

Un beso.

lis disse…
Saboreando daqui esse abraço no próprio corpo ,ousando e se desnudando numa lucidez invejada. Uma delícia que os amantes se entregariam desenvergonhados . Abraço mVinhais
Me desarrollo en ti

En el placer oculto de amar

En esos versos dices todo...
Un abrazo, Marta.
hay nueva entrada en mi blog.
¡Feliz día!
Jaime Portela disse…
No amor nada escandaliza. Por isso, a vergonha não faz parte do clima...
Magnífico poema, gostei de ler.
Boa semana.
Beijos.
Manuel Luis disse…
Delisioso, delicadeza...
Bom andares por aqui, às vezes também preciso atualizar. Um abracinho. Saúde

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