TANTO PARA LEMBRAR

LEMBRANDO O GOSTO SOLITÁRIO DO ORVALHO

sabe-me o orvalho
às águas de outros invernos
sempre devagar

no rosto a chuva cresce
na dimensão da palavra
húmida

aos poucos fomos mais
e nos líquidos dos corpos
encontrámo-nos

ao fim da tarde
apenas ficou em nós
o amor pela noite

José António Gonçalves





O meu comentário????




Amar tranquilamente....




Com a cumplicidade da Lua...




O desespero do Vento....




O fim da tarde pertence-nos enfim...




Partilha-se um encontro....




A chuva....apenas um empecilho....




Logo esquecido....




E, a solidão???




Não o é..............




Pois não há tanto para lembrar....


Comentários

Pedro M disse…
Como gosto de sentir, o toque das gotas de chuva no meu rosto. Como gosto do seu sabor...
Partilha-se um encontro... deseja-se o reencontro...

Um beijo
Daniel disse…
Marta

Sabes bem que aprecio as tuas propostas de posts.
Desta vez de novo, numa opinião muito pessoal, a qualidade do teu comentário sobressaíu.
Creio levas muito a sério a tua maneira de estar.
Beijo
Daniel
renard disse…
Martinha:

Mais uma escolha de mestre...
Por vezes as gotas de chuva que nos molharam a cara naquele momento bonito e feliz, transfiguram-se nas lágrimas que caem depois quando recordamos o momento.
Mas não há problema... Sabes porquê? Porque a vida continua e vai-nos dando mais razões e lembranças para chorarmos... de alegria...

Gosto muito de ti querida amiga!
Chin up!

Beijo e abraço
bsh disse…
É tão bom ver e sentir a chuva.

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
Soube-me bem ler a serenidade destas palavras...

:-)

Jinho *
tufa tau disse…
... apenas ...
uma palavra talvez um pouco dúbia


bonito o poema e, como sempre, a tua visão, marta

beijo

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