TOLERANTES

Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou a pedra que rola nas marés
do mundo, em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha da vida,
sou construção e desmoronamento, servo e senhor
e sou mistério.
A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco da minha vida; o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados, nem sempre nos levamos a sério.

"Convite" de Lya Luft (Santa Cruz do Sul, RS, n.1938)

O meu comentário???
O verdadeiro mistério...
é saber como continuamos vivos...
Se dominamos o mundo
ou se ele nos domina.
Se vamos encontrar resposta
para todas as questões
ou só para algumas.
O que é o destino?
Que papel desempenhamos nele?
Talvez seja a loucura
ou a tolerância.
Ou a resposta esteja no
respeito.
Por aquilo que somos...
Mesmo que sejamos
a tal pedra, escondida
na areia e que
se atira novamente
para o mar....

Comentários

Eu poderia ter sido uma pedra, com gosto deixado se lapidar, por mãos de amor que que desejo beijar.
beijos Marta querida amiga
Graça Pires disse…
Dois belos poemas que dialogam e se completam...
"Por aquilo que somos...
Mesmo que sejamos
a tal pedra, escondida
na areia e que
se atira novamente
para o mar...."
Belíssimo!
Um beijo.
Que beleza de poema.
O encontro de idéias faz bem e ao mesmo tempo procura um encontro para uma bela união. Particularmente tenho uma certeza absoluta que nunca estamos a sós neste mundo cheio de encontros e desencontros.
Obrigado pelo seu comentário. Agradeço-lhe com as minhas boas-vindas!
Beijos!...

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