MIMO


Sou um mimo
e hoje represento a eternidade,
ao pintar o meu corpo nu, de branco

Vivo da arte para a arte,
num desafio, numa verdade,
num convite à imaginação

Hoje sou a tua história
Por isso,
é que desnudei o corpo,
o pintei de branco
e permaneço quieta,
quase sem respirar...

Apenas os olhos me denunciam
Mas só se olharem verdadeiramente para mim
Nada mais sou do que um mimo......



MENINA NUA DA PRAÇA”, Porto,
foto de minha autoria


Comentários

Sofá Amarelo disse…
E a história repete-se dentro de uma eternidade de gestos e de postura, ainda assim com mais movimento que muitos corpos que se denunciam mas não deixam rasto!
CamilaSB disse…
Olá, Marta... é um mimo o poema que aqui leio e, se está a observar-me, verá que a minha história é parecida com tantas outras, ficará para a posteridade, no coração de quem me recordar... quando a minha vida "passar à história"... os seus poemas são sempre um desafio, muito lindos e criativos. Parabéns e um beijinho!
oteudoceolhar disse…
...a maquina nova em acção.
É sem dúvida um "mimo" em companhia e em resultado...
Ai! os olhos esses marotos, que se deixarmos, levam-nos a um abismo a um paraíso...esses marotos que deixam a que se deixarmos nos cheguem à alma...assim o entendo.
Obrigada pelas palavras Marta...Bons clicks!
Beijo n´oteudoceolhar.
um mimo que escreve muito bem poesia de amor.

beij
Anita de Castro disse…
Marta sem margem de duvida uma foto vem especifica ..menina nua da praça ..
Todos olham todos a observam e ninguém a julga ,mesmo nada mais que um mimo

Anita beijinho

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