O VENTO



Que notícias me trazes tu, oh Vento?
Há qualquer coisa que me escondes, porque não paras de brincar comigo!
Abres-me o casaco, puxas-me a echarpe e insinuas-te como um amante ardente aos meus cabelos! 
Oh, não, não deixes que sejam más notícias, Vento!
Deixa que feche os olhos e te siga! 
Não importa para onde; apenas quero sentir o que tu sentes, o que fazes quando os todos poderosos te desafiam e como proteges quem de ti não tem medo! 
Não, Vento, não tenho medo de ti!
Respeito-te, observo de longe as tuas fúrias, mas fico quieta, à espera que sossegues. 
Porque tu escutas-me, Vento e levas as minhas palavras aos ouvidos de quem também te sabe escutar!!!


FOTO DE JOSÉ ALEX GANDUM

UMA DAS MINHAS PRIMEIRAS TENTATIVAS DE ESCRITA (EM 2004)

Comentários

Emília Pinto disse…
Uma bela tentativa, amiga! E logo com o vento esse fenómeno da natureza que dependendo da sua força ou nos refresca
ou nos arrasta na sua fúria E o vento é como o pensamento, voa livre e solto por aí, levando perguntas mas nem sempre trazendo as respostas que desejamos. muito bom, Marta. Um beijinho
Emília
Agostinho disse…

Que liberdade esta do vento amar!
Que trouxe o vento do lado do mar?
Sofá Amarelo disse…
Não há que ter medo do Vento porque ele insinua-se quando quer e do modo que quer... ele sopra palavras ao ouvido mas também se pode enfurecer, e nesse caso o melhor é fiar quieto à espera que ele sossegue... porque só o Vento sabe brincar quando quer...
Manuel Luis disse…
A força do vento com as suas vontades.
Bj

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