PLANETA

Vive-se Quando se Vive a Substância Intacta

Vive-se quando se vive a substância intacta

em estar a ser sua ardente harmonia

que se expande em clara atmosfera

leve e sem delírio ou talvez delirando

no vértice da frescura onde a imagem treme

um pouco na visão intensa e fluida

E tudo o que se vê é a ondeação

da transparência até aos confins do planeta

E há um momento em que o pensamento repousa

numa sílaba de ouro É a hora leve

do verão a sua correnteza

azul Há um paladar nas veias

e uma lisura de estar nas espáduas do dia

Que respiração tão alta da brisa fluvial!

Afluem energias de uma violência suave

Minúcias musicais sobre um fundo de brancura

A certeza de estar na fluidez animal•

António Ramos Rosa, in "Poemas Inéditos"

O meu comentário???
Delirar na brisa....
Olhar para o Mundo
intensamente.....
Com as certezas da paixão....
que se desenha nesse planeta
que é o nosso corpo...
Que mais se pode desejar
do que viver ardentemente????

Comentários

Sofá Amarelo disse…
E ouvem-se as minúcias musicais como se de uma correnteza se tratasse....
Álvaro Lins disse…
Sempre excelentes escolhas e melhores comentários!
Nilson Barcelli disse…
Olhar o mundo intensamente...
Gostei.
Querida amiga, tem um óptimo fim de semana.
Beijos.
Daniel Costa disse…
Marta

Muita profumdidade no poema de António Ramos Rosa, para um um outro teu menor, mas uma réplica condizente.
Beijos
tecas disse…
Gosto dos poemas de Ramos Rosa, não conhecia este. Muito bom e a su réplica está excelente. Ambos os olhares sobre o mundo, são intensoS.
Bjito e uma flor

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